Aqui em casa nossos dois meninos são a alegria da casa: mais do que adotados, eles são nossos verdadeiros filhões!
Ongs ajudam animais carentes e promovem adoção consciente
Adote um bichinho
Muita gente já sabe: ter um animal de estimação é uma das coisas mais legais do mundo. Eles nos fazem companhia, nos divertem e enchem a casa de doçura. Mas você já pensou que ao tomar a decisão de levar um bichinho pra casa, você pode estar realizando um ato muito maior? Comprar um cachorro de raça ou um gato de pedigree, bem cuidados e cheios de regalias é uma coisa. Mas adotar um carente é muito melhor. Algumas ONGs no Brasil fazem um trabalho bem bacana retirando animais das ruas. Eles resgatam os peludos nas condições mais adversas, dão casa, comida, castram e começam a busca por uma família para cada um deles. Esse é o caso da Adote um Gatinho, com sede em São Paulo, fundado em 2003. Mais de três mil e quinhentos gatos já passaram pelas mãos de Juliana Bussab e Susan Yamamoto, as fundadoras da ONG. Hoje, com sede própria, voluntários e abrigo para os bichanos, elas cuidam de mais de 300 felinos e se mantém com doações. “Infelizmente, não contamos nem com patrocínio de empresas, nem com apoio governamental. Assim, o AUG sobrevive apenas das doações de pessoas físicas e da venda de seus produtos”, diz Juliana Bussab.
Responsabilidade
Mas antes de adotar qualquer animal, é preciso ter muita responsabilidade. Eles podem viver quase vinte anos, e dependem de seus donos. Pegar e largar depois, por mais incrível que pareça, é fato comum no dia-a-dia. “Animais de estimação não são descartáveis, nem brinquedo. Devem ser sempre parte da família. Se você costuma viajar por longos períodos para locais onde não se pode levar animais, também é aconselhável repensar a adoção”, afirma Juliana. Também é preciso saber se o lugar onde você fará a adoção é regular. Juliana lembra que “você sempre pode adotar animais abandonados no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da sua cidade, mantido pela Prefeitura. Além disso, pode procurar o seu bichinho nas ONGs de proteção animal. Aqui em São Paulo, podemos citar como exemplo a nossa ONG, o Adote Um Gatinho, o Clube dos Vira-Latas, a Ajudanimal, e a UIPA. É importante procurar referências dos locais de adoção com seus conhecidos. De modo geral, as ONGs sérias só entregam animais castrados e mediante a assinatura de um Termo de Responsabilidade”.
Pedro Menezes, que já adotou dois gatos “carentes” não se arrepende: “Tenho consciência de estar fazendo um mundo mais legal, tirando bichos abandonados das ruas. E eles são a alegria da casa!”. E para que as cidades não continuem lotadas de peludos vagando, as ONGs divulgam e pregam a castração. Gatos dão cria até 4 vezes por ano, a partir dos 6 meses. “A castração é fundamental por vários motivos. Em primeiro lugar, a castração evita diversos problemas de saúde – animais castrados, por exemplo, têm menores chances de desenvolver certos tipos de tumores. Além disso, a castração ajuda muito na resolução de problemas comportamentais, diminuindo a agressividade e a necessidade de controle territorial do animal. Por fim, ela é fundamental para o controle populacional, e consequentemente, para a redução do abandono e dos maus-tratos dos animais”, lembra Juliana.
Como ajudar?
Caso você não possa ter um bichinho, mas é solidário com a causa, existem outras maneiras de ajudar. Essas ONGs e entidades recebem doações em dinheiro ou em rações, remédios, cobertores e brinquedos. Também é possível ser voluntário e ajudar na limpeza dos abrigos, na procura por parceiros, por doações ou por possíveis adotantes. Muitas delas ainda têm lojinhas que vendem produtos com sua marca. A renda sempre é revertida para as despesas mensais da ONG. Formas de colaborar são inúmeras.
Denuncie
Você também pode ajudar denunciando maus tratos. “Submeter um animal a maus-tratos é crime previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605) e pode acarretar em multa ou pena de três meses a um ano de prisão. O primeiro passo é reunir a maior quantidade de provas possível. Fotografias, vídeos, laudo ou atestado veterinário, placa do carro de quem agride ou abandona e até testemunhas. Tudo o que sirva para mostrar a situação do animal e ajude a identificar o agressor. Em seguida, procure a delegacia mais próxima e faça um Boletim de Ocorrência (BO). Por garantia, leve com você uma cópia da Lei de Crimes Ambientais ou tenha escrito o número da lei e o que diz o artigo 32. Em São Paulo e na Grande São Paulo os BOs podem ser feitos também pela Internet, no site da Secretaria de Segurança Pública Depois de preencher o formulário, a polícia entrará em contato para confirmar as informações e, se estiver tudo certo, você receberá uma cópia do documento por email”, explica Juliana.O jeitinho de cada umE se depois de ler essa matéria até aqui você decidiu que realmente quer adotar um carente, é preciso saber qual bichinho se adequará melhor ao seu estilo de vida. As ONGs, geralmente, conhecem muito bem cada animal que está sob sua responsabilidade. E, por isso, são capazes de dizer sobre a personalidade, hábitos e jeitinhos dos peludos. Assim, eles te ajudam a escolher o que pode se adaptar melhor à sua casa. E mesmo se o bichinho não for um filhote, as chances de adaptação ao novo lar são enormes. Felicidade garantida para ambos, né? “Uma boa adoção deve levar em conta tanto as características do dono quanto as do animal. Devem ser considerados a personalidade do dono, a disponibilidade de tempo que ele dispõe, o tamanho da sua residência, se há crianças ou idosos na casa, a personalidade do animal, etc. Gatos costumam fazer sucesso porque conseguem viver em espaços menores, e, de modo geral, não demandam tanta atenção quanto os cães. Mas, ainda sim, há gatos que são super carentes, mais até do que cães!”, Juliana comenta sorrindo.Não esqueça de também reservar uma parte do orçamento doméstico para despesas. Veterinário, vacinas, caminha… um saco de 2kg de uma boa ração para gatos pode custar cerca de R$ 70,00. Por isso, pense bem e reserve um dinheirinho mensal para seu novo amigo.Adotar é, antes de tudo, um ato responsável. O bicho de estimação depende de você. Mas, sobretudo, vai trazer muitas alegrias e momentos de risos e felicidade para você! Adotar é salvar uma vida e é tudo de bom! (daqui)
Beijos da trupe!!